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quinta-feira, 11 de março de 2010

Brasil e França assinam acordo


Brasil e França assinam acordo na área de defesa de € 6 bi

Ao todo, serão quatro submarinos e 50 helicópteros construídos em conjunto com a indústria brasileira

Reuters

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Lula e Jobim durante o encontro

Fabio Motta/AE

Lula e Jobim durante o encontro

RIO - A França e o Brasil assinaram nesta terça-feira, 23, acordos na área de defesa para o fornecimento de 50 helicópteros de transporte militar e de quatro submarinos convencionais ao Brasil. De acordo com uma fonte do lado francês, o valor dos contratos atinge € 6 bilhões, sendo € 1,9 bilhão para os helicópteros e € 4,1 bilhões para os submarinos.

Veja Também:

linkTV Estadão: Roberto Godoy, de O Estado de S.Paulo, comenta o acordo de € 6 bi

linkEntenda os acordos firmados entre França e Brasil

linkGaleria de fotos da primeira-dama francesa icone

A empresa naval DCNS, filial da Thales, construirá para o Brasil a parte convencional de um submarino nuclear.

Os contratos foram assinados no segundo dia da visita ao Brasil do presidente francês, Nicolas Sarkozy, junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Incluem ainda um acordo para a construção de uma base de submarinos.

Os 50 helicópteros, que serão fornecidos pela empresa Eurocopter, serão construídos em conjunto com a indústria brasileira.

Mais cedo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, desmentiu informação publicada pelo jornal francês

Les Echos de que o volume de encomendas de helicópteros e submarinos acertadas com o governo francês chegaria a € 8,6 bilhões. "O jornal francês fez uma especulação, usou uma estimativa para os submarinos", argumentou Jobim, que repetiu várias vezes que "isso é especulação". Ele afirmou que o único acordo já fechado e como valor definido é o referente à aquisição de 50 helicópteros, no valor de € 1,89 bilhão.

O ministro também não quis comentar se estão previstas encomendas futuras de mísseis Exocet SM39 e torpedos MU90. Ele argumentou ainda que, pouco antes da divulgação dos números oficiais, os jornais franceses especulavam que o valor do pacote de helicópteros seria de € 2,8 bilhões. "Eles erraram", lembrou.

O governo Lula apresentou um novo plano de defesa estratégica na semana passada, que muda o foco de seu Exército para a proteção da Amazônia e suas recém-descobertas reservas de petróleo marítimas.

Como parte da modernização do equipamento militar, o governo espera renovar sua frota de aviões de combate nos próximos 15 anos. A francesa Dessault

Outros tópicos

O acordo de cooperação entre o Brasil e a França no setor da Defesa não está limitado ao fornecimento de submarinos Scorpéne, convencionais, e ao suporte no desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro. A lista completa de compras nessa área é composta por quatro tópicos abrangentes: tecnologia de concepção de submarinos convencionais e da parte não-nuclear de submarinos atômicos; serviços de construção do estaleiro especializado; construção da base especial para submarinos nucleares e de sua proteção, e construção no Brasil de quatro Scórpene e do casco de uma unidade nuclear. Não é só. O Ministério da Defesa está discutindo com a francesa Thales a aquisição de uma sofisticada rede eletrônica integrada para cuidar da vigilância de áreas estratégicas - por exemplo, das plataformas marítimas da Petrobras. Há poucas semanas o estaleiro DCNS, o agente do programa dos submarinos, apresentou ao Comando da Marinha do Brasil seus projetos de navios de superfície de desenho crítico, dotados de elevado índice de furtividade, dificultando a detecção por radar. A empresa revelou a disposição de abrir a tecnologia referente e produzir as embarcações no País, em parceria com estaleiros brasileiros. O pacote bilateral considera prioritário o Projeto Soldado do Futuro. A médio prazo, o programa prevê a criação de um chip de localização para ser empregado por tropas de selva, na Amazônia. Para times de Forças Especiais, o mesmo empreendimento vai gerar um conjunto ótico combinando visão noturna, telemetria, rastreador térmico e sensor de atividade eletrônica. O programa F-X2, de escolha de um caça para a FAB não será tratado agora.

(Com Roberto Godoy, de O Estado de S.Paulo, Daniele Carvalho, da Agência Estado e Reuters)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Base de submarino nuclear começará a ser construída em fevereiro


Base de submarino nuclear começará a ser construída em fevereiro


Brasil e França assinarão acordo na área de defesa no dia 23, no Rio de Janeiro. É esperada a aquisição de equipamentos para os soldados, como os de visão noturna e chips para localização dos soldados na floresta (no projeto “Soldado do Futuro”). Além disso, mais quatro submarinos convencionais e mais um de propulsão nuclear (os franceses colaboração com o casco dos submarinos Scorpene (compatível com o projeto brasileiro), enquanto a parte de desenvolvimento nuclear é projeto brasileiro, um dos grandes orgulhos de nossa Marinha). Outro ponto é a instalação no Brasil de mais de seis usinas nucleares, incluída Angra 3, com transferência de conhecimento.

O governo francês teria o desejo de transformar o Brasil em parceiro militar, sendo que tal gestoseria reforçado pelo apoio francês à antiga ambição brasileira de um assento permanente no Conselho de Segurança.Os países também assinarão acordos de desenvolvimento de satélites para monitoramento da Amazônia.

No dia 26 de setembro foi criada a Coordenadoria Geral do Programa de Desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear, que irá gerenciar o projeto e a construção do estaleiro dos submarinos. A Marinha tem desde meados das décadas de 70-80 um programa de desenvolvimento nuclear, no Centro Tecnológico da Marinha, que, sob monitoramento internacional, busca trazer ao Brasil o conhecimento necessário para que tenhamos um gerador de propulsão nuclear para nossos submarinos, dando maior automomia e permitindo a fiscalização mais eficaz de nossa “Amazônia Azul” (Mar territorial mais a ZEE, que tem tamanho próximo ao da Amazônia, mais de 5 milhões de quilômetros quadrados).O objetivo da Marinha é que o submarino nuclear esteja em funcionamento até 2013. As principais vantagens do negócio com a França foram o baixo custo e a transferência de tecnologia.

O Brasil também assinará com a Comissão Européia, representada pelo presidente da mesma, José Durão Barroso, uma série de acordos, como termos de cooperação em meio-ambiente, promoção tecnológica e científica, intercâmbio de cientistas, universitários e pesquisadores.


A base que abrigará o primeiro submarino nuclear brasileiro e a frota convencional com tecnologia francesa começará a ser construída em fevereiro, de acordo com o comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto. Ele pretende lançar nas próximas semanas a pedra fundamental da nova base e do estaleiro, que ficarão no município de Itaguaí, na Baía de Sepetiba, ao sul da capital fluminense.

"É coisa para agora. Lançamos a pedra fundamental e começamos as obras. A duração está em torno de três anos para a construção da base e do estaleiro", estimou o comandante, durante lançamento do evento Grandes Veleiros Rio 2010, uma regata internacional envolvendo embarcações de maior porte, que ficarão ancoradas e abertas ao público no Píer Mauá, a partir de amanhã (31).

Segundo o almirante, serão construídos quatro submarinos convencionais até 2016, com a conclusão do submarino nuclear prevista para 2020. O orçamento total da Marinha para este ano é de R$ 4,3 bilhões, sendo R$ 2,3 bilhões para os submarinos e R$ 2 bilhões para investimentos e manutenção da força.

Otimista, o comandante disse não acreditar em contingenciamento de verbas. "O governo acabou de liberar a primeira parcela dos recursos para isso. Vamos conseguir conduzir bem nosso programa dos submarinos. É um programa de Estado e uma parceria estratégica assinada entre dois países", declarou.

Submarino de propulsão nuclear brasileiro é um submarino nuclear cuja a fonte de energia é um reator nuclear, cujo calor gerado vaporiza água, possibilitando o emprego desse vapor em turbinas. Está sendo construído com a parceria da França e tem previsão para operação em 2013.[1]

terça-feira, 9 de março de 2010

Indústria brasileira mostra sua força na LAAD 2009

Iveco e Exército apresentam em première mundial nova viatura blindada transporte de pessoal

Maior evento de Defesa e Segurança da América Latina tem recorde de público e chega a 18,2 mil visitantes de 53 Países

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2009 – Mais do que um espaço para se ter contato com que há de mais atual em tecnologia de Defesa, a sétima edição da LAAD – Latin America Aero and Defence, no Riocentro, se encerrou hoje mostrando a força da indústria nacional. Embora muitos países tenham participado do evento trazendo suas novidades, foram as empresas brasileiras – ao todo 93 – as grandes atrações da feira, fruto da expectativa da recém-lançada Estratégia Nacional de Defesa, do Governo Federal.

Recorde de público e de expositores – cerca de 18,2 mil visitantes e 336 empresas participantes, respectivamente –, a LAAD 2009 teve sua abertura prestigiada por diversas autoridades, como o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Durante quatro dias os visitantes puderam conhecer projetos inovadores na área de defesa, na aviação, no combate terrestre e na atuação com frota marítima, desde navios altamente equipados a submarinos nucleares. “A LAAD confirma sua vocação de ser um importante fórum de debates e de apresentação do estado da arte em tecnologia de defesa. A LAAD 2011 acontecerá de 12 a 15 de abril, no RioCentro, e deverá, atrair a indústria mundial de defesa e reunir as maiores autoridades do setor”, afirma Sergio Jardim, diretor geral da Clarion Events, organizadora do evento.

Os estandes de empresas nacionais tiveram grandes procura. A CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), por exemplo, localizada em Ribeirão Pires, em São Paulo, é segunda maior empresa de fabricação de munição do mundo. Além disso, produz coletes e carabinas. Muitos visitantes ficaram surpresos, pois achavam que o Brasil sequer produzia armas, menos ainda munição, segundo um dos gerentes da empresa.

A Emgepron (Empresa Gerencial de Produtos Navais), vinculada à Marinha do Brasil, comercializa sistemas navais, munições e navios de guerra e a Atech, que desenvolve tecnologia para as três forças, são outros dois exemplos bem-sucedidos de empresas nacionais.

Brasileira como a Emgepron e a Atech, a Avibras (Indústria Aeroespacial) também desenvolve produtos e presta serviços de Defesa. Sua escala abrange artilharia e sistemas de defesa aéreos, foguetes e mísseis. A empresa também fabrica veículos armados. O que muita gente não sabe é que ela atua também na área do transporte civil. Com uma divisão chamada Tectran fabrica equipamentos de telecomunicação, equipamento industrial eletrônico (Powertronics) e pintura.

Na área de explosivos, o destaque nacional da feira foi a empresa Britanite IBQ, que produz tecnologia e desenvolve bombas inteligentes, com sistemas guiados a laser, por satélite ou GPS, bombas e foguetes 70 mm de alta performance etc. Localizada em Curitiba, a empresa atende atualmente os mercados interno e externo. Toda esta tecnologia é usada inclusive pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Com expertise em armas não letais e de baixa letalidade, a Condor mostrou porque é uma das maiores empresas brasileiras do setor. No estande, apresentou ao público armas para lançamento de munições não-letais nos calibres 12, 37/38, 38.1 e 40 mm, que dão, segundo os instrutores, versatilidade às forças de segurança, nas ações de policiamento ostensivo, no combate à criminalidade e nas operações de controle de distúrbios.

Outro destaque brasileiro ficou por conta da produção tecnológica do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), que exibiu vídeos, simulações e maquetes como parte do elevado padrão de pesquisa, estudos técnicos e inovações em equipamentos como radares, armas e munições. Além disso, em parceria com a IVECO, está desenvolvendo o veículo VBTB, uma viatura blindada, de transporte médio e capacidade anfíbia.

A LAAD 2009 contou com delegações oficiais de mais de 40 países e teve um crescimento em área física de 15% em relação à sua última edição em 2007.

Iveco e Exército apresentam em première mundial nova viatura blindada transporte de pessoal

A Iveco e o Exército Brasileiro apresentam, em première mundial, a maquete em escala real (“Mock-Up”) da nova Viatura Blindada Transporte de Pessoal Média de Rodas (VBTP-MR) na Latin America Aero & Defence (LAAD), a maior feira de equipamentos militares da América Latina, que acontece no Rio Centro, no Rio de Janeiro, nos dias 14, 15, 16 e 17 de abril.

Viatura Blindada Transporte de Pessoal Média de Rodas (VBTP-MR) - Foto: Simulação/Divulgação Iveco Latin America.

Viatura Blindada Transporte de Pessoal Média de Rodas (VBTP-MR) - Foto: Simulação/Divulgação Iveco Latin America.

O projeto VBTP-MR é fruto do processo de seleção de empresas promovido pelo Exército em 2007, vencido pela Iveco. Um dos fatores decisivos nesta escolha foi a experiência da divisão Iveco Defence Vehicles, que projeta, produz e comercializa diversos veículos militares, incluindo modelos similares ao VBTP-MR brasileiro.

O veículo desenvolvido em conjunto entre a Iveco e o Exército (por meio do projeto Mobilidade Estratégia e pelo DCT – Departamento de Ciência e Tecnologia) será uma viatura de transporte de 18 toneladas, equipada com motor diesel eletrônico, tração 6×6 e capacidade anfíbia, capaz de transportar 11 militares.

As especificações básicas indicam 6,91 metros de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,34 metros de altura. O modelo poderá ser equipado com uma torre de canhão automático ou de metralhadora operada por controle remoto para diversas aplicações diferentes, e pode ser aerotransportado por um avião tipo Hercules C-130.

A missão inicial do projeto VBTP-MR é substituir a frota atual de blindados de transporte de tropas do Exército, basicamente formada por modelos tipo EE-11 Urutu. O novo veículo também será a plataforma base de uma família de blindados médios de rodas que poderá ter até mais dez versões diferentes, incluindo veículos de reconhecimento (ou carro de combate), socorro, combate de fuzileiros, posto de comando, comunicações, morteiro leve, morteiro pesado, central diretora de tiro, oficina e ambulância.

“O projeto também tem como meta criar uma base altamente especializada para o desenvolvimento de veículos militares no Brasil”, explica Pietro Borgo, diretor geral da Iveco Defence. “Neste processo, pretendemos estabelecer a presença da Iveco Defence no Brasil e nos tornarmos um parceiro do Exército Brasileiro”.

Testes começam em 2010

Os veículos serão produzidos na fábrica da Iveco em Sete Lagoas (MG). A primeira unidade (protótipo) deve estar pronta em 2010, para o início da fase de testes, cerca de dois anos após a assinatura do contrato com o Exército. Outras 16 unidades serão construídas e testadas até 2011. Os testes serão conduzidos no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), localizado em Guaratiba (RJ), incluem confiabilidade (durabilidade), ensaios balísticos (blindagem estrutural), anti-minas e ergonomia, entre outros.

Após esta fase, o Exército Brasileiro poderá realizar a primeira encomenda de VBTP-MR.

Boa parte dos componentes dos primeiros 16 veículos será importada, mas o projeto tem como diretiva elevar o conteúdo nacional acima dos 60%, com o objetivo de reduzir custos de produção e de manutenção. Segundo a Iveco, essa meta pode ser alcançada porque o parque nacional de fornecedores é de alta qualidade em termos de componentes automotivos e motores.

O modelo será equipado, por exemplo, com o novo motor diesel eletrônico Iveco Cursor 9, que será produzido no Brasil. Esse motor é reconhecido mundialmente por sua elevada economia de combustível, potência e baixo índice de emissão de poluentes.

Transferência de Tecnologia

O VBTP-MR é um veículo inteiramente novo, com características próprias e inéditas, como o fato de usar chassi em longarinas de aço. Modelos deste tipo normalmente possuem carroçaria monobloco. A adoção do chassi visa baixar custos. “A manufatura em monobloco é mais cara e complexa. E com a adoção do chassi, o veículo fica mais alto com relação ao solo, o que oferece algumas vantagens operacionais”, explica Alberto Mayer, diretor de assuntos institucionais da Iveco.

O projeto de engenharia está avançado. O trabalho começou em dezembro de 2007, após a assinatura do contrato. O conhecimento básico para o desenvolvimento do VBTP-MR vem da Iveco Defence, divisão militar baseada em Bolzano, Itália, onde a Iveco produz uma variedade de veículos militares blindados de múltipla aplicação e táticos para forças armadas de vários países do mundo.

Além dos especialistas da Iveco Defence, o projeto envolve engenheiros do Exercito Brasileiro e da Iveco no Brasil, além de especialistas da Comau, empresa de engenharia automotiva do Grupo Fiat. São cerca de 30 pessoas diretamente envolvidas. “Essa integração de equipes acelera o trabalho e resultará em grande transferência de know howtecnológico para o Brasil”, diz Mayer. Até o momento, o trabalho já consumiu 25 mil horas de engenharia.

O responsável pelo projeto da nova viatura é o engenheiro Renato Properzi, da Iveco Defence, com larga experiência em desenvolvimento de veículos militares blindados de rodas. Properzi foi responsável pelos projetos dos veículos blindados da Iveco Defence Centauro AIFV 8×8 e Puma VBL (Veículo Blindado Leggero) nas versões 4×4 e 6×6.

Possibilidade de exportação

Comparado ao modelo em uso hoje pelo Exército brasileiro, o novo projeto traz vantagens como: proteção blindada superior, maior mobilidade, maior capacidade de transposição de trincheiras, maior capacidade de degrau vertical, maior vão livre, suspensão independente hidropneumática, elevada capacidade de proteção anti-minas, melhor ergonomia, ar condicionado, sistema de freio com disco duplo e ABS, GPS, sistema automático de detecção e extinção de incêndio, capacidade de operação noturna de série e sistema de detecção de laser.

Segundo General Waldemir Cristino Rômulo, Gerente Militar do Projeto, existe a possibilidade de exportação do VBTP-MR, pois o Brasil já vendeu blindados semelhantes para países da América Latina e África. “A nova família de blindados que está sendo desenvolvida será certamente muito interessante pra as forças armadas desses mercados”.

Iveco na LAAD

A LAAD é o maior evento do gênero na América Latina, com 315 expositores, 17 pavilhões nacionais, 50 delegações e uma previsão de cera de 16 mil visitantes. O estande da Iveco é o de número D59 e está localizado no Pavilhão 3.

Iveco e Exército apresentam nova viatura blindada na LAAD

IVECO E EXÉRCITO APRESENTAM EM PREMIÈRE MUNDIAL NOVA VIATURA BLINDADA TRANSPORTE DE PESSOAL NA LAAD - LATIN AMERICA AERO & DEFENCE, NO RIO

A Iveco e o Exército Brasileiro apresentam, em première mundial, a maquete em escala real (“Mock-Up”) da nova Viatura Blindada Transporte de Pessoal Média de Rodas (VBTP-MR) na Latin America Aero & Defence (LAAD), a maior feira de equipamentos militares da América Latina, que acontece no Rio Centro, no Rio de Janeiro, nos dias 14, 15, 16 e 17 de abril.

O projeto VBTP-MR é fruto do processo de seleção de empresas promovido pelo Exército em 2007, vencido pela Iveco. Um dos fatores decisivos nesta escolha foi a experiência da divisão Iveco Defence Vehicles, que projeta, produz e comercializa diversos veículos militares, incluindo modelos similares ao VBTP-MR brasileiro.

O veículo desenvolvido em conjunto entre a Iveco e o Exército (por meio do projeto Mobilidade Estratégia e pelo DCT – Departamento de Ciência e Tecnologia) será uma viatura de transporte de 18 toneladas, equipada com motor diesel eletrônico, tração 6x6 e capacidade anfíbia, capaz de transportar 11 militares.

As especificações básicas indicam 6,91 metros de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,34 metros de altura. O modelo poderá ser equipado com uma torre de canhão automático ou de metralhadora operada por controle remoto para diversas aplicações diferentes, e pode ser aerotransportado por um avião tipo Hercules C-130.

A missão inicial do projeto VBTP-MR é substituir a frota atual de blindados de transporte de tropas do Exército, basicamente formada por modelos tipo EE-11 Urutu. O novo veículo também será a plataforma base de uma família de blindados médios de rodas que poderá ter até mais dez versões diferentes, incluindo veículos de reconhecimento (ou carro de combate), socorro, combate de fuzileiros, posto de comando, comunicações, morteiro leve, morteiro pesado, central diretora de tiro, oficina e ambulância.

“O projeto também tem como meta criar uma base altamente especializada para o desenvolvimento de veículos militares no Brasil”, explica Pietro Borgo, diretor geral da Iveco Defence. “Neste processo, pretendemos estabelecer a presença da Iveco Defence no Brasil e nos tornarmos um parceiro do Exército Brasileiro”.

Testes começam em 2010

Os veículos serão produzidos na fábrica da Iveco em Sete Lagoas (MG). A primeira unidade (protótipo) deve estar pronta em 2010, para o início da fase de testes, cerca de dois anos após a assinatura do contrato com o Exército. Outras 16 unidades serão construídas e testadas até 2011. Os testes serão conduzidos no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), localizado em Guaratiba (RJ), incluem confiabilidade (durabilidade), ensaios balísticos (blindagem estrutural), anti-minas e ergonomia, entre outros.

Após esta fase, o Exército Brasileiro poderá realizar a primeira encomenda de VBTP-MR.

Boa parte dos componentes dos primeiros 16 veículos será importada, mas o projeto tem como diretiva elevar o conteúdo nacional acima dos 60%, com o objetivo de reduzir custos de produção e de manutenção. Segundo a Iveco, essa meta pode ser alcançada porque o parque nacional de fornecedores é de alta qualidade em termos de componentes automotivos e motores.

O modelo será equipado, por exemplo, com o novo motor diesel eletrônico Iveco Cursor 9, que será produzido no Brasil. Esse motor é reconhecido mundialmente por sua elevada economia de combustível, potência e baixo índice de emissão de poluentes.

Transferência de Tecnologia

O VBTP-MR é um veículo inteiramente novo, com características próprias e inéditas, como o fato de usar chassi em longarinas de aço. Modelos deste tipo normalmente possuem carroçaria monobloco. A adoção do chassi visa baixar custos. “A manufatura em monobloco é mais cara e complexa. E com a adoção do chassi, o veículo fica mais alto com relação ao solo, o que oferece algumas vantagens operacionais”, explica Alberto Mayer, diretor de assuntos institucionais da Iveco.

O projeto de engenharia está avançado. O trabalho começou em dezembro de 2007, após a assinatura do contrato. O conhecimento básico para o desenvolvimento do VBTP-MR vem da Iveco Defence, divisão militar baseada em Bolzano, Itália, onde a Iveco produz uma variedade de veículos militares blindados de múltipla aplicação e táticos para forças armadas de vários países do mundo.

Além dos especialistas da Iveco Defence, o projeto envolve engenheiros do Exercito Brasileiro e da Iveco no Brasil, além de especialistas da Comau, empresa de engenharia automotiva do Grupo Fiat. São cerca de 30 pessoas diretamente envolvidas. “Essa integração de equipes acelera o trabalho e resultará em grande transferência de know how tecnológico para o Brasil”, diz Mayer. Até o momento, o trabalho já consumiu 25 mil horas de engenharia.

O responsável pelo projeto da nova viatura é o engenheiro Renato Properzi, da Iveco Defence, com larga experiência em desenvolvimento de veículos militares blindados de rodas. Properzi foi responsável pelos projetos dos veículos blindados da Iveco Defence Centauro AIFV 8x8 e Puma VBL (Veículo Blindado Leggero) nas versões 4x4 e 6x6.

Possibilidade de exportação

Comparado ao modelo em uso hoje pelo Exército brasileiro, o novo projeto traz vantagens como: proteção blindada superior, maior mobilidade, maior capacidade de transposição de trincheiras, maior capacidade de degrau vertical, maior vão livre, suspensão independente hidropneumática, elevada capacidade de proteção anti-minas, melhor ergonomia, ar condicionado, sistema de freio com disco duplo e ABS, GPS, sistema automático de detecção e extinção de incêndio, capacidade de operação noturna de série, sistema de detecção de laser.

Segundo General Waldemir Cristino Rômulo, Gerente Militar do Projeto, existe a possibilidade de exportação do VBTP-MR, pois o Brasil já vendeu blindados semelhantes para países da América Latina e África. “A nova família de blindados que está sendo desenvolvida será certamente muito interessante pra as forças armadas desses mercados”.

Iveco na LAAD

A LAAD é o maior evento do gênero na América Latina, com 315 expositores, 17 pavilhões nacionais, 50 delegações e uma previsão de cera de 16 mil visitantes.

O estande da Iveco é o de número D59 e está localizado no Pavilhão 3.





EE-3 JARARACA 4x4
UM CONCEITO ESQUECIDO
A idéia de se produzir um veículo leve blindado 4x4 para o Exército Brasileiro
não é nova, ela remonta ao início dos anos 70, quando a primeira idéia surge no Parque
Regional de Motomecanização da 2ª Região Militar de São Paulo – PqRMM/2.
Seria uma forma de substituir o velho jipe como veículo de exploração nas
unidades de cavalaria mecanizada, dada a sua vulnerabilidade e ausência total de
blindagem. Desta forma surge o primeiro desenho denominado de AUTO
METRALHADORA 4x4.
Desenho do blindado leve 4x4 denominado AUTO METRALHADORA, concebido pelos
Engenheiros do PqRMM/2 no início dos anos 70. (Desenho: Coleção autor)
Como haviam iniciado um outro projeto cuja execução já estava na fase de
construção de um protótipo, denominado de V.B.B. (Viatura Blindada Brasileira) que
deveria ser o substituto dos velhos M-8 Greyhound, oriundos da segunda guerra
mundial, empregados pelo 1º Esquadrão de Reconhecimento na Campanha da Itália em
1944-45. (ver artigo: Viatura Blindada Brasileira, o princípio de um todo –
http://www.defesa.ufjf.br/arq/Art%2038.htm)
Esse projeto acabou por não ir adiante, pela simples razão de ser um veículo 4x4
e o Exército queria um 6x6, fruto daquele aprendizado, surgindo assim um novo
projeto, construindo um protótipo, que depois foi produzido em série numa parceria
com a empresa privada Engesa S/A, tornando-se um ícone da indústria de material de
defesa brasileira conhecido com o nome de EE-9 CASCAVEL.
O sucesso do veículo dentro das unidades do Exército e sua aceitação no
mercado internacional tornou muito difícil a aceitação de um veículo blindado leve 4x4,
e de certa forma isto vem nos afetando até os dias de hoje, muito embora algumas
empresas tenha apresentado blindados sobre rodas 4x4 nenhum foi ainda homologado e
adquirido.
Como a ENGESA estava à frente de seu tempo, ela desenvolveu uma gama
variada de veículos blindados visando o mercado externo e dentre os diversos modelos,
surgiu uma variação da AUTO METRALHADORA, cujo novo desenho foi
aprimorado e logo em seguida foi construído um protótipo e a seguir uma série de 63
veículos, praticamente para exportação visto que o Exército Brasileiro não opera
nenhum, mesmo estando em seu poder dois protótipos oriundos da massa falida daquela
empresa (um de reconhecimento e um de guerra química).
Concepção artística do futuro 4x4 leve blindado da Engesa, armado com uma metralhadora de 20
mm . (Desenho: Coleção do autor)
A idéia era produzir um veículo de reconhecimento de grande mobilidade,
equipado com metralhadora externa 7,62mm, ou 12,7mm (.50) numa torreta giratória
blindada, na sua configuração padrão, equipada com quatro lançadores de granadas
fumígenas. Outras versões podem empregar mísseis anticarro do tipo Milan. A
tripulação é composta por motorista, um comandante e um atirador. O motor diesel foi
colocado na parte traseira e a transmissão mecânica de cinco velocidades à frente e uma
à ré.
Sua direção era hidráulica integral, permitindo acionamento mecânico em caso
de emergência. Sistema elétrico de 24 volts com circuitos de iluminação civil e militar.
Rodas de aço estampado, pneus à “prova de balas” com sistema automático de
enchimento.
O equipamento ótico consiste de periscópios para observação do motorista e
comandante, além de um sistema passivo de visão noturna.
Por ser extremamente compacto, seu peso máximo era da ordem de 5.800 kg,
com autonomia de 700 km, com 140 litros de diesel, velocidade máxima de 100 km,
podendo subir rampas de 60% e inclinação máxima lateral de 30%, superar obstáculos
vertical de 400 mm, podendo passar em vaus de 800 mm.
Versão padrão do EE-3 Jararaca e compartimento do motorista. Notar a torreta para
metralhadora, com os lançadores de granadas fumígenas e o reparo da metralhadora. (Fotos:
Coleção autor)
Seus componentes mecânicos eram todos oriundos da indústria automotiva
nacional, usada em caminhões, o que facilitava a logística de peças de reposição. Seu
motor era um Mercedes Benz OM-314A, quatro cilindros em linha, turbo alimentado e
sua caixa de mudanças era uma Clark modelo 240 V, mecânica, com caixa de descida
Engesa, com engrenagens helicoidais, engrenamento constante e relação l,0:1. Sua
embreagem era do tipo monodisco seco, hidráulico e a caixa de transmissão múltipla
Engesa, mecânica, duas velocidades, engrenamento constante. O sistema de direção era
ZF do Brasil modelo 8058, hidráulica e sua suspensão tipo eixo rígido, flutuante, com
molas semi elípticas e amortecedores de dupla ação, sistema de freio Bendix a tambor
com acionamento a ar sobre hidráulico e freio de estacionamento mecânico.
Demonstração do EE-3 Jararaca na configuração padrão com torreta e metralhadora .50 e detalhe
do acesso ao compartimento do motor na parte traseira. (Crédito das fotos: Engesa)
O conceito ainda atual poderia gerar um novo veículo blindado 4x4 que
atenderia muito bem às forças militares e policiais, dentro da nova realidade em que está
sendo empregado, principalmente, o Exército em operações urbanas na luta contra o
narcotráfico.
Não foi o melhor veículo concebido pela ENGESA, recebeu muitas críticas de
seus próprios engenheiros, tanto que toda a sua produção foi exportada para países
como Uruguai (16), Guiné (10), Gabão (12), Equador (10) e Chipre (15) que ainda o
operam, sendo que o Uruguai irá operá-los em breve no Haiti onde integram a
MINUSTAH sob o comando do Brasil.
EE-3 Jararaca do Gabão, à esquerda, armado com metralhadora e do Chipre, à direita, com
mísseis anticarro Milan e metralhadoras. (Fotos: Engesa)
EE-3 Jararaca desfilando no Equador em 2005 à esquerda. À direita três blindados EE-3 Jararaca
do Exército Uruguaio no Haiti pronto para entrarem em ação. (Créditos das fotos: Roberto
Bertazzo e Sgt. Presoto)
Concebido para substituir as viaturas ¼ toneladas, com sua silhueta baixa e sua
facilidade de manobras em terrenos variados o tornam um veículo extremamente
operacional inclusive para patrulhar áreas urbanas como força policial nas operações
que exijam alto poder ofensivo, proporcionado uma boa proteção a seus tripulantes e
dadas as suas pequenas dimensões pode locomover-se com facilidade, evitando desta
forma empregar veículos 6x6, pesados, grandes como os ocorridos recentemente no Rio
de Janeiro, inclusive seria o veículo ideal para as unidades de ataque rápido, pois pode
muito bem ser lançado de pára-quedas.
Vale lembrar que devido a grande mobilidade e flexibilidade desses veículos,
eles podem ser empregados em variadas missões, como ataque, proteção para retirada,
perseguição, etc., lembrando que em várias ocasiões foram os artífices da vitória...
Visita do Subsecretário do Exército dos
Estados Unidos à fábrica da Engesa em
Caçapava – SP em 24 de julho de 1986.
Na foto ele está conhecendo o EE-3
Jararaca apresentado pelo presidente
da empresa. (Foto: Coleção autor)
Protótipo do EE-3 Jararaca de Guerra Química. Notar o dispositivo que lança bandeirolas
coloridas na parte traseira do veículo para marcar os tipos de substâncias existentes no campo de
batalha. Apenas um construído. Esse exemplar se encontra em poder do Exército Brasileiro no 13°
Regimento de Cavalaria Mecanizado em Pirassununga, SP. (Crédito das fotos: autor)
Um exemplar do EE-3 Jararaca na versão padrão de reconhecimento em poder do Exército
Brasileiro na unidade acima mencionada. Notar as escotilhas blindadas frontais fechadas. (Crédito
da foto: autor)
FICHA TÉCNICA
Fabricante: ENGESA – Engenheiros Especializados S/A
Tipo: Veículo blindado de reconhecimento
Nome: EE-3 Jararaca

Comprimento: 4,16m
Largura: 2,23m
Altura máxima até a metralhadora: 1,97m
Bitola dianteira e traseira: 1,71m
Entre eixos: 2,60m
Altura mínina do solo: 0,33m
Ângulo de entrada: 58º
Ângulo de saída: 54º
Peso total: 5.800 kg
Combustível no reservatório: 140 litros de diesel
Raio de ação: 700 km
Rampa máxima: 60%
Inclinação máxima: 30%
Obstáculo vertical: 0,40m
Raio de giro: 7,73m
Passagem de vau: 0,80m
Velocidade máxima: 100 km /h
Motor: Mercedes Benz OM-314 A turbo, 4 tempos, 4 cilindros em linha, 3784 cm³
Potência máxima: 110 CV
Torque máximo: 343,3 Nm
Caixa de mudanças: Clark modelo 240V tipo mecânica, 5 à frente e uma a ré
Caixa de descida: Engesa tipo engrenagens helicoidais, engrenamento completo relação 1,0:1
Embreagem: tipo monodisco seco, 280mm de diâmetro, acionamento hidráulico
Caixa de transmissão múltipla: Engesa tipo mecânica, 2 velocidades, engrenamento constante
Direção: ZF do Brasil modelo 8053, hidráulica, 5,5 voltas no volante batente a batente; caster 5º, camber
1º, pino mestre 4º, convergência 5 – 6mm, ângulo de giro 23 – 25 graus
Eixo: Engesa, tipo motriz rígido flutuante
Diferencial: Braseixos 411 relação 4,63:1
Suspensão: tipo eixo rígido flutuante, molas semi elípticas e amortecedores telescópios de dupla ação
Freio de serviço: Bendix a tambor, acionamento ar sobre hidráulico
Freio de estacionamento: Bendix a tambor, atuando na saída da caixa de transferência, com
acionamento mecânico
Trem de rolamento: Rodas de aros de aço 8,5 x 20”, estampados, com pneus Pirelli Candango 11 x 20”,
14 PR, com sistema alveolar à prova de balas e sistema automático de enchimento
Sistema elétrico: 24 volts
Armamento padrão: torreta blindada com metralhadora 7,62 ou 12,7 mm, quatro lançadores de granadas
fumígenas, dois de cada lado da torre
Aprovisionamento de munição: 1600 tiros de 7,62mm
Sistema ótico: três periscópios de visão diurna e dois blocos de visão direta

EE-3 Jararaca



O EE-3 Jararaca é um veículo blindado de reconhecimento desenvolvido pela Engesa no Brasil. É um veículo leve sobre rodas 4x4 para patrulha e reconhecimento. Foi exportado para alguns países, mas nunca operou no Exército Brasileiro.

EE-3 Jararaca (4x4)

A idéia de se produzir um veículo leve blindado 4x4 para o Exército Brasileiro não é nova, ela remonta ao início dos anos 70, quando a primeira idéia surgiu no Parque Regional de Motomecanização da 2ª Região Militar de São Paulo.

Seria uma forma de substituir o velho jipe como veículo de exploração nas unidades de cavalaria mecanizada, dada a sua vulnerabilidade e ausência total de blindagem. Desta forma surge o desenho denominado de EE-Jararaca 4x4.

Como a empres ENGESA havia iniciado um outro projeto cuja execução já estava na fase de construção de um protótipo, denominado Viatura Blindada Brasileira (que deveria ser o substituto dos velhos M-8 Greyhound, oriundos da Segunda Guerra Mundial),o projeto EE-3 Jararaca acabou por não ir adiante, pela simples razão de ser um veículo 4x4 e o Exército queria um 6x6, fruto daquele aprendizado, surgindo assim um novo projeto, construindo um protótipo, que depois foi produzido em série numa parceria com a empresa privada Engesa S/A, tornando-se um ícone da indústria de material de defesa brasileira conhecido com o nome de EE-9 CASCAVEL.

O sucesso do veículo (EE-9 Cascavel) dentro das unidades do Exército e sua aceitação no mercado, internacional tornaram muito difíceis a aceitação de um veículo blindado leve 4x4, e de certa forma isto vem nos afetando até os dias de hoje, muito embora algumas empresas tenham apresentado blindados sobre rodas 4x4 nenhum foi ainda homologado e adquirido.

A idéia era produzir um veículo (EE-3 Jararaca) de reconhecimento de grande mobilidade, 4x4, equipado com metralhadora externa 7,62mm, ou 12,7mm (.50) numa torreta giratória blindada, na sua configuração padrão, equipada com quatro lançadores de granadas fumígenas. Outras versões podem empregar mísseis anticarro do tipo Milan. A tripulação é composta por motorista, um comandante e um atirador. O motor diesel foi colocado na parte traseira, e a transmissão mecânica de cinco velocidades à frente e uma à ré.

Por ser extremamente compacto, seu peso máximo era da ordem de 5.800 kg, com autonomia de 700 km, com 140 litros de diesel, velocidade máxima de 100 km, podendo subir rampas de 60% e inclinação máxima lateral de 30%, superar obstáculos vertical de 400 mm, podendo passar em vaus de 800 mm.

Os componentes mecânicos do Jararaca eram todos oriundos da indústria automotiva nacional, usada em caminhões, o que facilitava a logística de peças de reposição. Seu motor era um Mercedes Benz.

Como a engesa estava bem a frente do seu tempo, ela chegou a produzir alguns modelos novos, a partir do Jararaca, para exportação. O exército brasileiro em si, não utiliza nenhum, embora tenha em seu poder dois protótipos, um para reconhecimento e um para guerra quimica.

O conceito ainda é atual e seria de boa utilidade para força militares e policiais brasileiras, dentro da nova realidade de combate urbano. Porem o Jararaca em si não é um bom veículo, sendo que recebeu várias críticas dos países que o utilizam, bem como dos próprios engenheiros da ENGESA.

Países que utilizam o EE-3 Jararaca: Uruguai (16), Guiné (10), Gabão (12), Equador (10) e Chipre (15)

Jararaca EE-3