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quinta-feira, 11 de março de 2010

Brasil e França assinam acordo


Brasil e França assinam acordo na área de defesa de € 6 bi

Ao todo, serão quatro submarinos e 50 helicópteros construídos em conjunto com a indústria brasileira

Reuters

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Lula e Jobim durante o encontro

Fabio Motta/AE

Lula e Jobim durante o encontro

RIO - A França e o Brasil assinaram nesta terça-feira, 23, acordos na área de defesa para o fornecimento de 50 helicópteros de transporte militar e de quatro submarinos convencionais ao Brasil. De acordo com uma fonte do lado francês, o valor dos contratos atinge € 6 bilhões, sendo € 1,9 bilhão para os helicópteros e € 4,1 bilhões para os submarinos.

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A empresa naval DCNS, filial da Thales, construirá para o Brasil a parte convencional de um submarino nuclear.

Os contratos foram assinados no segundo dia da visita ao Brasil do presidente francês, Nicolas Sarkozy, junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Incluem ainda um acordo para a construção de uma base de submarinos.

Os 50 helicópteros, que serão fornecidos pela empresa Eurocopter, serão construídos em conjunto com a indústria brasileira.

Mais cedo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, desmentiu informação publicada pelo jornal francês

Les Echos de que o volume de encomendas de helicópteros e submarinos acertadas com o governo francês chegaria a € 8,6 bilhões. "O jornal francês fez uma especulação, usou uma estimativa para os submarinos", argumentou Jobim, que repetiu várias vezes que "isso é especulação". Ele afirmou que o único acordo já fechado e como valor definido é o referente à aquisição de 50 helicópteros, no valor de € 1,89 bilhão.

O ministro também não quis comentar se estão previstas encomendas futuras de mísseis Exocet SM39 e torpedos MU90. Ele argumentou ainda que, pouco antes da divulgação dos números oficiais, os jornais franceses especulavam que o valor do pacote de helicópteros seria de € 2,8 bilhões. "Eles erraram", lembrou.

O governo Lula apresentou um novo plano de defesa estratégica na semana passada, que muda o foco de seu Exército para a proteção da Amazônia e suas recém-descobertas reservas de petróleo marítimas.

Como parte da modernização do equipamento militar, o governo espera renovar sua frota de aviões de combate nos próximos 15 anos. A francesa Dessault

Outros tópicos

O acordo de cooperação entre o Brasil e a França no setor da Defesa não está limitado ao fornecimento de submarinos Scorpéne, convencionais, e ao suporte no desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro. A lista completa de compras nessa área é composta por quatro tópicos abrangentes: tecnologia de concepção de submarinos convencionais e da parte não-nuclear de submarinos atômicos; serviços de construção do estaleiro especializado; construção da base especial para submarinos nucleares e de sua proteção, e construção no Brasil de quatro Scórpene e do casco de uma unidade nuclear. Não é só. O Ministério da Defesa está discutindo com a francesa Thales a aquisição de uma sofisticada rede eletrônica integrada para cuidar da vigilância de áreas estratégicas - por exemplo, das plataformas marítimas da Petrobras. Há poucas semanas o estaleiro DCNS, o agente do programa dos submarinos, apresentou ao Comando da Marinha do Brasil seus projetos de navios de superfície de desenho crítico, dotados de elevado índice de furtividade, dificultando a detecção por radar. A empresa revelou a disposição de abrir a tecnologia referente e produzir as embarcações no País, em parceria com estaleiros brasileiros. O pacote bilateral considera prioritário o Projeto Soldado do Futuro. A médio prazo, o programa prevê a criação de um chip de localização para ser empregado por tropas de selva, na Amazônia. Para times de Forças Especiais, o mesmo empreendimento vai gerar um conjunto ótico combinando visão noturna, telemetria, rastreador térmico e sensor de atividade eletrônica. O programa F-X2, de escolha de um caça para a FAB não será tratado agora.

(Com Roberto Godoy, de O Estado de S.Paulo, Daniele Carvalho, da Agência Estado e Reuters)

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