F-16 Fighting Falcon
História
Desde os primórdios o F-16 foi concebido como um cavalo de batalha de baixo custo, que pudesse realizar vários tipos de missão e manter disponibilidade pontual. É muito mais simples e leve que os seus predecessores, mas usa aerodinâmica e aviónica eletrônicas, (incluindo a primeira utilização do vôo fly-by-wire, conseguindo a alcunha de "jacto electrónico"") para manter a boa performance.
Basicamente é isto que o distingue dos predecessores, muitos dos quais não foram concebidos para operar em todas as condições atmosféricas. Diferentemente dos demais caças, que apresentavam características de emprego específico, como por exemplo o F-104, que era demasiado dispendioso, e outros, feitos para operações exclusivas em porta-aviões, a exemplo do (F-14).
Embora o nome popular oficial do F-16 seja "Fighting Falcon" também é referido como "Viper", o nome de código da General Dynamics para o projecto durante a fase de concepção.
O F-16 é pequeno e ágil, navegando com o piloto sentado acima da fuselagem. Esta particularidade oferece ao piloto óptima visibilidade, uma vantagem crucial em combate aéreo. Para tal, o F-16 dispõe de um canhão M61 Vulcan, e pode ser equipado com mísseisar-ar. No entanto, o F-16 foi concebido também para combate ar-terra, como suporte às forças terrestres, se necessário. Para o efeito pode ser equipado com uma vasta gama de mísseis ou bombas.
O F-16 advém de uma série de especificações do Departamento de Defesa dos Estados Unidos emitidas a 1974. Duas companhias foram escolhidas durante a fase de concepção: a General Dynamics com o desenho do YF-16 e a Northrop com o desenho do YF-17 Cobra. O F-16 foi o protótipo escolhido, apresentando performances superiores à comissão de avaliação; A Marinha dos Estados Unidos decidiu evoluir o desenho do YF-17 para o F/A-18 e, mais recentemente, para o F/A-18E/F, devido às provas de fiabilidade dos motores gémeos, que é considerado vital para operações baseadas na Marinha.
Não existem mais F-16 A/B em atividade na Força Aérea dos Estados Unidos, apenas F-16 C/D (738 aeronaves em outubro de 2006 sem contar a Guarda Nacional). O F-16 C/D é uma aeronave numericamente importante e ativamente empregada pela Força Aérea dos Estados Unidos.
Em teoria, novas encomendas ainda poderiam ser feitas, mas, na prática, esta mostra pouco interesse pela grande quantidade de F-16 que se encontram na reserva no AMARC(mais de 300 unidades) e esta ainda aguarda a entrega do novo F-35 Lightning II. Basicamente, a linha de produção do F-16 tem sido mantida pelas encomendas externas. O que demonstra o sucesso do programa ativo e a aeronave em produção por trinta anos.
[editar]Variantes
Os modelos do F-16 são designados por uma seqüência numérica de blocos. Cada bloco representa mudanças significativas nas capacidades da aeronave. O objetivo seria manter a padronização entre as aeronaves de um mesmo bloco e implementar estas mudanças em aeronaves já entregues, atualizando-as para o novo padrão. Este é o principal fator que possibilita que o F-16 mantenha-se combativo por tanto tempo, apesar da rápida evolução tecnológica.
[editar]F-16 A/B
Inicialmente equipado com o radar Westinghouse AN/APG-66 Pulse-doppler e a turbina Pratt & Whitney F100-PW-200 com 106 kN de potência.
Blocks 1/5/10 - Possuem poucas diferenças entre si e a maioria das aeronaves Blocks 1 e 5 foram atualizadas para o padrão Block 10.
Block 15 - A primeira grande alteração no F-16, o Block 15 possui estabilizadores horizontais mais largos, radar AN/APG atualizado e capacidade de levar armamentos aumentada. É a variante mais numerosa.
Block 15 OCU - O Block 15 OCU (Operational Capability Upgrade) possui turbinas atualizadas com inteface de controle digital, capacidade de atirar os mísseis AGM-65, AMRAAM, e AGM-119 Penguin, atualizações nas contramedidas eletrônicas, no cockpit, nos computadores e barramento de dados. Aeronaves Blocks 10 e 15 foram atualizadas para este padrão.
Block 20 - Basicamente, um Block 15 OCU com muitas capacidades do F-16 C/D Block 50/52: utilizar os mísseis AGM-45 Shrike, AGM-84 Harpoon, AGM-88 HARM e o casulo LANTIRN. Os computadores de bordo foram significativamente atualizados.
[editar]F-16 C/D
A célula da aeronave foi alterada significativamente, houve um aumento do peso vazio de 7.390 kg para 8.272 kg.
Block 25 - O F-16 C/D Block 25 entrou em serviço em 1984. As aeronaves receberam o radar Westinghouse AN/APG-68, tem capacidade de ataque noturno com precisão e a turbina Pratt & Whitney F100-PW-220E com interface de controle digital.
Block 30/32 - Entrou em serviço em 1987, foi o primeiro F-16 a possibilitar a opção entre turbinas General Eletric ou Pratt & Whitney. OsBlocks terminados em '0' são impulsionados pela GE, os blocos terminados em '2' são impulsionados pela Pratt & Whitney. Podem usar os mísseis AGM-45 Shrike e AGM-88 HARM. Foi significativamente atualizado pela adição do GPS/INS (guiamento por GPS) e pelo uso do casulo LITENING (guiamento por laser) que permitem o uso de bombas guiadas como a JDAM e a Paveway. Essa modificação é conhecida como F-16C++.
Block 40/42 - Entrou em serviço em 1988, tem a capacidade de ataque em qualquer tempo aumentada com o casulo LANTIRN, por isso chamados de Night Falcons.
Block 50/52 - Com as primeiras entregas em 1991; a aeronave é equipada com GPS/INS atualizado. Pode disparar mísseis e bombas avançados.
Block 50/52 Plus - Esta versão recebeu aviônivos atualizados como o decodificador ALE-50 e provisão para tanques conformais. Esta versão e a Block 60 são as versão atualmente oferecidas pela Lockheed nas concorrências e que foram pedidos por Chile, Singapura, Paquistão,Polônia e Grécia. Também está em estudos por Taiwan e Índia.
[editar]F-16 E/F
Block 60 - Baseado no F-16C/D, possui tanques conformais, turbina General Electric F110-132 com 144 kN, radar Northrop Grumman AN/APG-80 AESA, pode disparar todas as armas do Block 50/52 e ainda o AIM-132 ASRAAM e o AGM-84E SLAM. O barramento de dados MIL-STD-1553 foi substituído pelo MIL-STD-1773 de fibra ótica que oferece capacidade muito superior.
[editar]Midlife Update Program
Com a saída do F-16 A/B das fileiras da Força Aérea norte-americana em 1996, não ocorreriam mais desenvolvimentos para esta dessa célula. Porém, era uma necessidade estratégica atender aos diversos aliados da OTAN que mantinham a aeronave na ativa, bem como prover suporte aos demais compradores. Para manter a capacidade de combate dos F-16 A/B equivalente aos dos F-16 C/D, foi desenvolvido o Midlife Update Program (MLU), inicialmente para Noruega, Bélgica, Dinamarca ePaíses Baixos.
As atualizações ocorrem em pacotes que permitem o aprimoramente constante das capacidades do caça de acordo com a evolução tecnológica. Atualmente, já existem quatro diferentes pacotes. As aeronaves compradas pelo Chile dos Países Baixos receberam o pacote M2. Portugal adquiriu pacotes M2, mas somente poucas aeronaves foram atualizadas. Os outros participantes do programa estão terminando a atualização M3 e começando a analisar a M4.
[editar]Emprego na Força Aérea Portuguesa
Era necessário substituir com urgência os antigos A-7 Corsair, aeronaves de ataque e não de caça e já obsoletas. Com os recursos disponíveis e facilidades de compra de equipamento norte-americano como contrapartida do uso da Base das Lajes, foi escolhido o F-16 A/B, embora já não fosse uma aeronave moderna. As aeronaves chegaram a partir de 1994, em 1996, a Força Aérea Norte-americana já não operava o F-16 A/B.
O programa Peace Atlantis I previa a entrega de 20 aeronaves F-16 Block 15 novas, 17 aeronaves (monolugar) e 3 aeronaves (bilugar). Destas aeronaves, uma foi perdida em acidente.
Durante a participação portuguesa na antiga Jugoslávia os caças enviados realizavam apenas operações de escolta, pois não tinham capacidade para operar armamento moderno (mísseis BVR ou bombas guiadas).
Pelo programa Peace Atlantis II, Portugal recebeu sem custo 20 aeronaves F-16 usadas e outras cinco para reposição de peças. Estas aeronaves seriam modernizadas pelo programa Mid Life Upgrade (MLU) e estariam em condições de participar ativamente de operações dentro do contexto da OTAN. Com um custo superior a 200 milhões de euros, a atualização seria realizada na OGMA. Destas aeronaves, uma foi perdida em acidente.
Os pacotes MLU M2 foram feitos na Bélgica e o primeiro F-16 modernizado foi apresentado em 2003. Até hoje o programa não foi concluído. Apenas quatro ou cinco aeronaves do segundo lote estariam operacionais em julho de 2006. As demais encontram-se armazenadas. Actualmente a modificação é MLU M5.
Atualmente estão operacionais 12 F-16 Block 15 MLU do primeiro lote e 15 F-16 MLU do segundo lote.
Estando algumas aeronaves sem uso regular foi considerada a alienação de parte do lote de F-16 Fighting Falcon. Contudo Portugal não poderá vender as aeronaves sem acordo prévio com os EUA. Daí a ideia ter sido abandonada e nunca mais se ventilou a questão da venda ou alienação. Estão em transformação, de momento, as restantes aeronaves, com o fim do projecto calculado para 2013
[editar]F-16 XL
O F-16 XL é uma aeronave derivada do F-16 Fighting Falcon, que possui as asasem formato delta, duas vezes maiores que as asas padrões do F-16. Participou do programa Enhanced Tactical Fighter (ETF), da Força Aérea dos Estados Unidos, mas perdeu para o F-15E Strike Eagle, derivado do F-15 Eagle. Voltaram a ser utilizados pela NASA para estudos aeronáuticos muito tempo depois de os protótipos participantes do programa terem sido arquivados.
F-16 Fighting Falcon | |
---|---|
Descrição | |
Fabricante | Lockheed Martin |
Primeiro vôo | 9 de Março de 1974 |
Entrada em serviço | 23 de Janeiro de 1979 |
Missão | Caça multifacetado |
Tripulação | 1 (A, C); 2 (B, D) |
Dimensões | |
Comprimento | 14,52 m |
Envergadura | 9,45 m |
Altura | 5,09 m |
Área (asas) | 27,87 m² |
Peso | |
Tara | 8.272 kg |
Peso total | 12.003 kg |
Peso bruto máximo | 19.187 kg |
Propulsão | |
Motores | 1x Pratt & Whitney F100ou 1x General Electric F110afterburning turbofan |
Força (por motor) | 127 kN |
Performance | |
Velocidade máxima | 2.414 km/h |
Alcance bélico | 547 km |
Alcance | 3.890 km |
Tecto máximo | > 15.240 m |
Relação de subida | 15.240 m/min |
Armamento | |
Mísseis/ Bombas | AGM-65 Maverick, AGM-88 HARM, AGM-119 Penguin, AIM-9 Sidewinder, AIM-120 AMRAAM CBU-87, CBU-89 Gator Mine, CBU-97 Sensor Fuzed Weapon,Paveway, JDAM, Mk80 |
Informações técnicas do F-16 C/D Block 30 |
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQual é a capacidade de combustível INTERNO do F-16?
ResponderExcluir